Objetivo Geral:
– Capacitar e formar grupos de danças e comprar as vestimentas para as crianças inscritas no projeto, realizando um espetáculo de dança folclórica Gaúcha no final do projeto. Objetivos Específicos:
– Integrar a criança em um novo universo cultural, com resgate da tradição gaúcha, através de danças tradicionais gaúchas;
– Proporcionar o acesso à cultura tradicionalista gaúcha às crianças;
– Proporcionar o ingresso das famílias participantes nos Centros de Tradições Gaúchas existentes no município;
– Conhecer e compreender a importância, e utilizar de forma crítica, significativa e ética as regras de convivência existentes na entidade tradicionalista da qual participam;
– Capacitar e formar grupos de danças com as 242 crianças participantes;
– Adquirir 242 figurinos Gauchescos, 121 femininos e 121 masculinos;
– Realizar 01 apresentação no final do ano com os alunos;
– Relizar 02 palestras, como contra partida social.
Percebemos em nosso município, assim como em toda a região geográfica da qual fazemos parte, uma grande diversidade étnico-cultural, consequência da nossa colonização e ocupação territorial que tem origem nas correntes migratórias europeias onde podemos visualizar uma grande parcela de espanhóis, portugueses, alemães, italianos e poloneses, observamos também elementos como formadores da nossa população, os negros, caboclos e indígenas, em especial os caingangues, xoclengues e guaranis. Origem esta que nos aproxima do gaúcho por carregarmos a mesma raiz étnica constituinte e, assim sendo, também temos em comum uma gama de aspectos socioculturais. Depreende-se daí, que a história deste pujante município está intrinsecamente ligada ao Tradicionalismo Gaúcho, uma vez que nosso território, ao longo do século XVIII era parte do Caminho das Tropas, ou seja, por aqui passavam e acampavam grupos de tropeiros, homens que desenvolviam a atividade econômica denominada Tropeirismo, que consistia na condução e comercialização de gado bovino e muar do Rio Grande do Sul até o centro do país, em especial para a região de Sorocaba no estado de São Paulo.
Após a independência do Brasil, surge a necessidade do desenvolvimento econômico do então, novo país, bem como, o preenchimento dos grandes vazios demográficos, em destaque o oeste da região sul, visto que a colonização se iniciou pelo litoral. No início do século XX, motivadas pelo desejo de ser dono de seu próprio “lote”, chegaram ao oeste catarinense muitas famílias oriundas do Rio Grande do Sul. Gente que trouxe junto com a esperança de uma vida melhor, sua cultura já intensamente matizada pela cultura da terra que até então lhes tivera acolhido. O churrasco, o chimarrão e os acordes da gaita eram o remédio para a superação de tempos difíceis; mulheres e homens bravios, que nos orgulham e os levam a refletir acerca da importância de preservar esta história, e resgatar a cultura tradicionalista gaúcha, herança farrapa. Balseiros, ervateiros, taifeiros; mãos calejadas que passavam a cuia de mão em mão sem distinção construíram a história de Chapecó e todo o grande oeste. Com a ideia de agregar o Tradicionalismo Gaúcho e com isso resgatar a identidade cultural, desenvolvendo um trabalho que enfatize valores familiares e culturais não somente das crianças, mas de toda comunidade escolar, o que possibilitará melhorar a qualidade de vida o âmbito das relações sociais, servindo como ferramenta de motivação e lazer e, com isso, alternativas de mudança da realidade social do meio em que as crianças e suas famílias estão inseridas. Frente ao cenário mundial que se descortina em nosso cotidiano, cada vez mais se faz necessário um cidadão desenvolvido integralmente, consciente de sua identidade histórico-cultural, capaz de comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, produtivo e responsável para atuar no contexto no qual está inserido. Tal postura requer o desenvolvimento de competências para conviver e aprender com as diferenças e diversidades.
Foi com o olhar para esta nova realidade, frente ao compromisso de conceber a educação como processo e prática concretizada nas relações socias que transcendem espaços e tempos escolares, presentes em todos os locais de convivência das nossas crianças e suas famílias, no processo de socialização da cultura da vida, no qual se constroem, se mantêm e se transformam saberes, conhecimentos e valores que se pensou e desenvolveu-se esse projeto. Além disto, o projeto está alinhado com a Lei 8.313/1991; Artigo 1º I – contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso às fontes da cultura e o pleno exercício dos direitos culturais;
II – promover e estimular a regionalização da produção cultural e artística brasileira, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais;
III – apoiar, valorizar e difundir o conjunto das manifestações culturais e seus respectivos criadores;
IV – proteger as expressões culturais dos grupos formadores da sociedade brasileira e responsáveis pelo pluralismo da cultura nacional;
VII – desenvolver a consciência internacional e o respeito aos valores culturais de outros povos ou nações;
VIII – estimular a produção e difusão de bens culturais de valor universal, formadores e informadores de conhecimento, cultura e memória. Bem como em seu artigo 3º: III – preservação e difusão do patrimônio artístico, cultural e histórico, mediante: d) proteção do folclore, do artesanato e das tradições populares nacionais.