Futebol Adaptado Em Cadeira De Rodas Para Deficientes Físicos No Município De Chapecó/SC

FutRodas_idvisual (1)-3_page-0001 - Escritorio De Projetos E Prestacao De Servicos

Nome da Entidade/Pessoa Proponente

Unochapecó / Fundeste

CNPJ/CPF do Proponente

82804642000108

Segmento

Esporte

Área

Data Inicio Projeto

01/02/2023

Data Final Projeto

13/05/2024

Município

Chapecó/SC

Responsável pelo Projeto

Aline Piccinini

PRONAC

2200307

Lei de Incentivo correspondente ao projeto

Esporte

Valor da Proposta

R$ 342.911,15

Valor Captado

R$ 231.948,06

Percentual Captado

67.64

Site do Proponente/Projeto

https://www.unochapeco.edu.br/ http://www.fundeste.org.br/

Descritivo sobre a Entidade proponente do projeto / Descritivo currículo pessoa proponente

A Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste – FUNDESTE, mantenedora da Unochapecó, foi criada oficialmente em 4 de julho de 1970, tratando-se de uma instituição pública de direito privado, com gestão comunitária, instituída pela Lei municipal nº 141 de 06/12/1971. A instalação solene ocorreu em 21/02/1972. Nesse mesmo ano iniciou o primeiro curso superior implantado de Pedagogia em Chapecó. Até 1990 a Fundeste atuou diretamente na execução das atividades do ensino superior. Neste ano, uniu-se às fundações universitárias de Joaçaba e de Videira para constituir a Universidade do Oeste, que assumiu a condução das ações do ensino superior em Chapecó através de um campus. Mesmo com suas atividades acadêmicas desativadas, a Fundeste permaneceu com personalidade jurídica, o patrimônio do campus e os cursos, e foi co-mantenedora da Fundação Unoesc até 2001. Em março de 2001 a Fundeste foi reativada operacionalmente e em 27 de agosto de 2002 assumiu integralmente as atividades do Campus Chapecó, que transformou-se na UNOCHAPECÓ – Universidade Comunitária da Região de Chapecó, em um processo que contou com a participação de diferentes segmentos da sociedade regional, integrantes de comissões de trabalho e de organismos da Fundação. Hoje a Fundeste mantém seu papel ativo, como mantenedora da UNOCHAPECÓ, tendo três outras mantidas: Instituto Goio-En, Farmácia-Escola e o Colégio Unochapecó. A Fundeste possui como organização máxima de decisão o CONSUP, Conselho Superior da Fundeste, que é constituído por 30 membros incluindo docentes da Unochapecó e da comunidade externa. A UNOCHAPECÓ se caracteriza pela autonomia universitária e pela afirmação da concepção de universidade comunitária. A Instituição reafirma a sua vocação regional e seu compromisso com o desenvolvimento econômico-social e político-cultural da população desta região, à medida que se coloca o desafio da promoção de ensino de qualidade e de principal agente de promoção do desenvolvimento regional. A Instituição tem uma história consolidada pois sua mantenedora possui 52 anos de funcionamento, tendo até o momento formado mais de 30.000 profissionais, tendo atualmente 60 cursos de graduação, e 06 Programas de Pós-Graduação stricto sensu, em áreas que coadunam com as linhas de atuação do Parque, ou seja: Tecnologia e Gestão da Inovação (Msc e Dr. Profissional), Ciências Ambientais (Msc e Dr.), Ciências da Saúde (Msc e Dr.), Educação (Msc.), Ciências Contábeis e Administração (Msc.) e Direito(Msc.). A Unochapecó nos últimos anos, mais especificamente a partir de 2008, tem empregado esforços para transformar-se em uma Universidade Empreendedora. Em um evento ao início do ano citado deu-se início os primeiros passos para concepção de um parque técnológico, a parceria da Unochapecó com o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Gestão do Conhecimento (UFSC), com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), na qual recebeu o pesquisador Roberto Spolidor, que foi sucedido por outros experts do assunto em outras épocas, marcando a construção de uma expertise local sobre o tema, podendo-se citar: Jorge Audy, Neri dos Santos, Paulo Esteves, José Eduardo Fiates, Álvaro Prata, dentre outros. Destaca-se que em 2010 o Coordenador deste projeto esteve na Catalunha juntamente com o Governador e Secretários de Estado de SC, em visita aos Parques daquela região da Espanha. Resultado desta comitiva foi a estruturação em Santa Catarina de uma série de ações ligadas à inovação, impulsionadas pela realidade da Catalunha e do desenvolvimento daquela região pautado na inovação e também participando de curso de Extensão junto ao Parc Cientific de Barcelona sobre gestão de Parques Tecnológicos. Outro parceiro importante do projeto é a Prefeitura Municipal de Chapecó, que ainda em 2009, colocou a disposição do projeto, uma área de 23 mil metros quadrados para a instalação da primeira etapa do Parque Tecnológico. A Unochapecó, por sua vez, desenvolveu o projeto apresentando uma maquete dessa primeira etapa a qual foi apresentada na Exposição-Feira-EFAPI, numa ação conjunta com a Prefeitura Municipal. Posteriormente se observou a impossibilidade de instalação física neste local por apresentar dificuldades de logística e distanciamento com a Universidade. Seguindo na estratégia de construção do Parque, a Unochapecó adquiriu em 2012 uma área de terra em local limítrofe com a Instituição. Parte desta área de terra foi doada ao município por força da legislação de parcelamento do solo, e nesta área o Governo do Estado de SC ofereceu recursos ao município para que o Estado de Santa Catarina, através do Programa Inova@sc viabilizasse a primeira edificação, sendo que esta obra abriga o Edifício Administrativo do Parque, neste terreno ao lado da Unochapecó (obra concluída em 2021). O restante do terreno contemplará a urbanização e ligação com o Edifício 02 do Parque, conforme croquis e projetos anexados a este documento. No ano de 2012 a Unochapecó inaugurou a “Rede de Inovação”, hoje chamada de “Agência de Gestão da Inovação”, espaço composto por uma série de escritórios/programas para dar condições de efetividade nas estratégias institucionais ligadas à inovação. Para que um circulo virtuoso de inovação seja estabelecido, estabeleceu-se: Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica – NITT (2009); Centro de Residência em Software (2010); criação do Escritório de Projetos e Prospecção de Soluções (2013); Museu de Ciência e Tecnologia (2015) e da proposta de Modelo de Governança para o Pollen Parque Científico e Tecnológico (2016).

Etapas do Projeto

META 1 – Melhorar as condições de saúde dos beneficiários; META 2 – Melhorar as relações sociais dos participantes; META 3 – Atender 53% ou mais do público alvo, de jovens e adultos que estão estudando na rede pública ou privada; META 4 – Realizar 2 eventos para integração dos participantes, familiares e a comunidade; META 5 – Manter o 1 time de futebol adaptado para cadeirantes no município de Chapecó.

Objetivos do Projeto

Possibilitar a execução do projeto “Futebol Adaptado em Cadeira de Rodas para Deficientes Físicos no município de Chapecó”, já aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte sob SLIE nº 1814473-04. – Proporcionar atividades esportivas para pessoas com deficiência do Município de Chapecó-SC e região; – Identificar e observar as melhorias que o esporte promove qualidade de vida dos praticantes; – Realizar avaliações físicas e funcionais para acompanhamento dos praticantes; -Avaliar e identificar os benefícios e impacto do esporte adaptado na vida de pessoa com deficiência; – Inserir e integrar os participantes no meio social, trabalho, família e renda, entre outros problemas que acontecem no decorrer da vida; – Incentivar e reconhecer as atividades paraolímpicas no município de Chapecó e região, com a inserção e participação da comunidade; – Fornecer infraestrutura técnica e esportiva necessárias para o desenvolvimento do time de futebol adaptado para pessoas com deficiência do município de Chapecó e região.

Justificativa do Projeto

O esporte é denominado como uma manifestação cultural que se destaca pelo envolvimento em atividades de lazer que, de diversas formas, contribuem para a melhoria do estado físico e psíquico das pessoas envolvidas. A Constituição Federal aborda a prática físico-desportiva como um dos elementos essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população, seja pela ótica da inclusão social ou da promoção da saúde (MINAYO, 2000; FARINATTI, 2006). De acordo com Cavalcante (2020) o Brasil é um país onde os problemas sociais são fatores geradores de exclusão, e nesse contexto, os projetos sociais esportivos constituem uma possibilidade concreta para mudar o futuro de crianças e adolescentes através da prática esportiva. Dentre as modalidades esportivas coletivas, o futebol é indubitavelmente o fenômeno esportivo de maior difusão mundial por possuir poder de alcance nas mais diversas culturas, influenciando comportamentos, costumes e tradições. Os indivíduos na ânsia de praticá-lo buscam novas maneiras de jogar capazes de atender suas peculiaridades, o que possibilita uma reconstrução do fenômeno, criando novas maneiras de praticá-lo (FREIRE, 2012). Segundo Costa e Silva et al. (2013) o esporte adaptado é um fenômeno global que possibilita a igualdade social, melhora da aptidão física, ascensão e inclusão social. Ainda, segundo Cardoso (2011) oferta aos indivíduos inúmeros benefícios para saúde, potencializando o bem-estar físico, psicológico, além de contribuir para a reabilitação motora. O relatório do Ministério da Justiça sobre a prevalência de deficiências, incapacidades e desvantagens, sistematizou inquéritos realizados em 21 cidades brasileiras das cinco regiões do país, apontando uma prevalência de 2.8% a 9.7% de incapacidades e, dentre essas, 0.3% a 3.6% referem-se à incapacidade de locomoção (BRASIL, 2004). Dentre os esportes ofertados encontra-se o futebol adaptado para cadeira de rodas, também chamado de Power Soccer ou Powerchair. Criado em 1978, no Canadá e na França, essa modalidade possui como intuito reabilitar jovens com deficiências graves (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL EM CADEIRA DE RODAS, 2016). O futebol em cadeira de rodas se caracteriza como um esporte em equipe, rápido e dinâmico que desenvolve habilidades esportivas, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência física (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL EM CADEIRA DE RODAS, 2016). O Power Soccer ou Powerchair football, foi criado paralelamente no Canadá e França, no final dos anos 70. Na França, um grupo de profissionais criou o “Power Chair Football”, em 1978, para reabilitação de jovens com deficiências graves. Um ano depois, o Canadá, sem qualquer contato com os franceses, desenvolveu uma forma de futebol em cadeira de rodas motorizadas, as quais chamaram de princípio de Motor Ball. Mais tarde, passou para Motor Football e posteriormente Power Soccer, como é conhecido atualmente nas Américas. Em outubro de 2006, em Atlanta, EUA, as novas regras foram testadas e validadas. Com a presença de todos os países praticantes, além de representantes da Turquia e Coréia do Sul, os artigos da nova Federação foram adaptados em Assembleia Geral e foi criada oficialmente a International Federation of Powerchair Football (FIP-FA), Federação Internacional de Futebol em Cadeira de Rodas em português, com sede em Paris, França. Nesse mesmo período, foi criada a maioria das associações nacionais de futebol em cadeira de rodas. Apesar de o Brasil ser conhecido como o país do futebol, não existia no país nenhuma iniciativa para prática do esporte. Em meados de 2010, um grupo de amigos, no Rio de Janeiro, se reuniu no intuito de obter as informações necessárias para desenvolver o Power Soccer no País. Após diversas reuniões e busca de informações, no dia 16 de janeiro de 2011, nasceu a Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de rodas – ABFC, que cinco meses depois foi reconhecida pela FIPFA, tornando-se o 1º Membro Sul- Americano a desenvolver a modalidade. O Power Soccer (ou Powerchair) é uma organização não governamental, e o primeiro esporte de equipe competitivo projetado e desenvolvido especificamente para usuários de cadeira de rodas motorizada. É um jogo habilidoso e desafiador semelhante ao futebol. As deficiências dos atletas incluem tetraplegia, esclerose múltipla, distrofia muscular, paralisia cerebral, e outras deficiências que causam comprometimento nos membros inferiores e superiores. O futebol de cadeiras de rodas é praticado numa quadra com as dimensões da quadra de Basquetebol, as equipes são formadas por 4 jogadores, sendo um goleiro e três na linha. A partida é dividida em dois tempos de 20 minutos com 10 minutos de intervalo. A bola tem um diâmetro de 32,5cm, quase o dobro de uma bola de futebol convencional. Os atletas jogam em suas cadeiras motorizadas com o Footguard, espécie de grade que protege e serve para conduzir, dar passes e arremessar a bola ao gol, as cadeiras chegam a no máximo 10km/h (REIS, MEZZADRI, 2017). Esse esporte assimila um novo sentido à vida desses cidadãos, os quais, muitas vezes, visam uma vida sem possibilidades por causa de suas limitações. O esporte possui um papel fundamental na vida das pessoas, independente da idade, abordando áreas como saúde, ambiente profissional e educacional. Essa prática deve ser conduzida para auxiliar no desenvolvimento saudável do praticante através das premissas da educação pelo esporte (AZEVEDO, 2018; SANCHES; RUBIO, 2011). Os autores Shearer e Bressan (2010) apontam em seu estudo fatores que podem motivar a prática esportiva por cadeirantes e destacam que muitos atletas encontram no esporte a possibilidade de se firmarem enquanto pessoas inclusas na sociedade e portanto, podem encarar o fenômeno como um auxílio no processo de reabilitação. Uma das principais metas da recuperação consiste no retorno do indivíduo a sua atividade anterior, isto é, retorno às práticas diárias e sua produtividade sendo uma das formas de medida de recuperação de um trauma ou doença onde a maioria dos atingidos são adultos jovens. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) destinada a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania, foi criada em 6 de julho de 2015 e entrou em vigor no dia 02 de janeiro de 2016 representando um grande avanço na inclusão de pessoas com deficiência. A partir disso muitas opções começaram a ser ofertadas para a população com necessidades especiais através da arte, lazer, cultura e esporte. O projeto Power Soccer é um das oportunidades que busca de uma forma integrativa e cooperativa, interagir com essas pessoas, a fim de garantir um bom desenvolvimento físico e psíquico. No entanto, para abranger o termo inclusão, necessita-se da acessibilidade dos locais. A falta de rampas, corrimãos, elevadores ou algum suporte necessário faz com que as pessoas com deficiência não consigam estar incluídas, o que as incapacita ainda mais de ter uma vida sem restrições. Além da organização do ambiente, para se obter êxito esportivo, deve-se levar em conta aspectos genéticos e a metodologia da aprendizagem e do treinamento. Outro fator importante, na fase de iniciação, é a variedade de estímulos nas primeiras fases e o trabalho com a especificidade de cada modalidade e a posterior especialização (VIEIRA, VIEIRA 2005). O quadro desfavorável no que se refere à prática de atividades físicas pela população motivou organizações internacionais e nacionais a incluírem a atividade física na agenda mundial de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde lançou a Estratégia Global de Alimentação e Atividade Física. No Brasil, a recém aprovada Política Nacional de Promoção da Saúde inclui a promoção de atividades físicas na agenda nacional. A Portaria no 2.608, de 28 de dezembro de 2005 destina recursos a todos os estados da federação para investimento em projetos locais de incentivo à atividade física (BRASIL, 2005). A prática de esportes entre pessoas com deficiência é um processo de reabilitação mundialmente conhecido, e está sendo cada vez mais difundido no Brasil e no mundo. É umas das maneiras que esses indivíduos possuem a oportunidade de ter um espaço para fortalecer sua integridade, criar laços e amizades. A modalidade futebol adaptado é de suma importância para as pessoas com alguma deficiência física. É um elemento ímpar na reabilitação funcional e em atividades físicas, onde devem ser orientadas e estimuladas, visando os benefícios ofertados ao indivíduo, como a melhora de sua qualidade de vida (CARDOSO, 2011). Os atletas paraolímpicos tornam- se modelos para seus pares jovens, inclusive crianças portadoras de deficiência, alguns pais procuram incentivar seus filhos para a prática do esporte, buscando a sua inserção social e melhora da qualidade de vida. “De acordo com Sherrill (1998) não é incomum que pais fiquem preocupados com a possível rejeição social contra seus filhos portadores de deficiência e por estes estarem participando de atividades de iniciação esportiva em instituições especiais. A iniciação ao esporte adaptado objetiva a reabilitação, oportunidade social, recrutamento e continuidade no esporte a oportunidade de engajamento social com pares sob mesmas condições. Nesta continuidade, a importância e relevância de compor um time de futebol adaptado para adolescentes e adultos cadeirantes faz com que o esporte possa estar sendo incluído na vida dos deficientes físicos e as melhorias em sua saúde devido à prática da atividade. Atualmente, acredita-se que o esporte adaptado contribui de forma significativa para a inserção das pessoas com deficiência à sociedade e suas famílias, bem como trazem benefícios relacionados à melhor aceitação da deficiência, melhor interação com as pessoas ao seu redor, melhora da aptidão física, ganho de independência e autoconfiança e empoderamento.

Público Alvo do Projeto

Crianças, adolescentes e adultos cadeirantes.
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