O que é o Verde Vida É uma Associação com fins não econômicos, uma ONG – Organização Não Governamental, constituída pela sociedade civil, reconhecida de Utilidade Pública municipal, estadual e federal, que busca através de oficinas de convivênciaa educadora, atender adolescentes em situação de vulnerabilidade, na faixa etária de 8 a 17 anos. O estímulo para a criação do Programa foi da Pastoral da Igreja Católica, no início dos anos 90, com contribuição do Comitê de Combate à Fome e pela Vida, do sociólogo Herbert de Souza. A iniciativa tinha como objetivo afastar meninos pedintes e pais das sinaleiras de Chapecó, os quais viviam em situação precária, agravada pela elevada inflação da época, pelo desemprego, e pela necessidade de obter ao menos a alimentação para a subsistência diária. Entidades de todos os segmentos e de diferentes objetivos sociais envolveram-se, e o início foi muito difícil, porém, graças ao empenho de algumas pessoas muito comprometidas e preocupadas com a questão social, o Programa sobrevive, e em 1997 é realocado para a região do bairro São Pedro, na época, o mais problemático da cidade de Chapecó. No local, havia um núcleo enorme de favelas, pobreza, e a necessidade de iniciativas que contribuíssem para mudanças na realidade local e de estímulo a mudanças culturais, que colaborassem para o desenvolvimento da comunidade. O sindicato dos bancários de Chapecó esteve à frente do Programa por muitos anos. Em 1999, a empresa T12 auxilia o Verde Vida na identificação de seus objetivos e valores, conceitos importantes para realizar o planejamento do Programa, e assumir pró atividade, para efetivamente colaborar na transformação social do bairro. Em 2001, o Verde Vida foi reconhecido pelo Instituto Cempre – Compromisso Empresarial para a Reciclagem, como o melhor Programa de Coleta seletiva do país, na categoria Comunidade. O pioneirismo do Verde Vida na coleta seletiva, recém-implantada em algumas regiões do país, auxiliou na expansão do Programa, e em 2002, de forma parcelada e facilitada, adquiriu uma área de terras nas proximidades da atual localização, com objetivo de implantar um parque, uma das carências da infraestrutura urbana de Chapecó. No entanto, apesar de o Verde Vida ter projeto pronto para a área, a falta de recursos financeiros e a depredação dos espaços organizados para trilhas, lagos, e das árvores plantadas, dificultou o avanço da iniciativa, principalmente, pela dificuldade de compreensão da proposta, e da cultura vigente no entorno. Em 2002, o Verde Vida também foi selecionado pela Bovespa Social como projeto apto a receber apoio, recursos que auxiliaram o Verde Vida construir, em 2005, mais 250 metros quadrados utilizados para refeitório, cozinha, e salas para atuação da área social do Programa. Nesse mesmo ano, recebe reconhecimento como ONG referência em reciclagem, através do Prêmio Expressão de Ecologia. Nessa mesma época, o Verde Vida também muda sua metodologia de atuação, deixando de pagar Bolsa Aprendizagem ao adolescente, e passa a investir os recursos na contratação de professores e de educadores sociais especializados para as oficinas socioeducativas. À medida que o Programa foi ampliando a coleta seletiva, também é ampliada a capacidade de adolescentes atendidos, o número de oficinas socioeducativas, e o número de colaboradores. Quando o setor de reciclagem enfrenta crises, como a de 2008, há reflexos na atuação social do Programa, pois, são reduzidas as atividades sociais e o número de adolescentes atendidos. Durante esses anos de existência, diversas entidades estiveram à frente do Verde Vida, ocupando a presidência da entidade, dedicando horas de voluntariado, cumprindo com responsabilidade a função, as quais, merecem consideração de todos, pelas oportunidades que viabilizaram a esses jovens atendidos. Sem a oportunidade de participar do Programa, a maioria deles limitaria seu potencial, herdaria a pobreza e a cultura assistencialista dos pais. No entanto, alguns deles já cursam faculdade, estão inseridos no contexto social, e, provavelmente, nunca mais viverão o círculo vicioso da pobreza, exclusão, marginalidade e criminalidade. Afinal, o Verde Vida alimentou mudanças e sonhos, que, com dedicação, trabalho, e mérito próprio, permitiu uma vida com mais oportunidades de inserção, e de sonhos realizados. Alguém abriu portas. Afinal, a pobreza não está na falta de dinheiro, mas, na falta da oportunidade. Nome: Odair Balen Entidade Proponente: Verde Vida Programa Oficina educativa Tempo de vínculo com a entidade: 10 anos Função/atribuição: Coordenador da área social Fone: 049-33222776 – 99672000 Experiência Profissional Entidade: Caixa Econômica Federal Função: Escriturário, Supervisor, gerente de Núcleo, Período: julho/1978 a dez/2000 Local: Porto Alegre/RS e Chapecó/Sc. Nome da entidade: Fundeste/Unoesc Função/Atribuição: Professor, coordenador dos cursos de Administração e de Economia Cidade: Chapecó-Sc Período: Fevereiro/1990 a 2000. Nome da entidade: Celer Faculdades/Faculdade Exponecial/Unoesc/Xanxere. Função: Professor Local: Xaxim/Chapecó/Xanxere. Período: 2001 a 2011 Nome da entidade: Verde Vida Programa Oficina Educativa Função: Voluntário e Coordenador Executivo Período: 2001 a 2003 – Voluntário Período: 2003 até hoje Coordenador Executivo Formação Ciências Econômicas – UFRGS Engenharia operacional de Produção – PUC-RS. Especialização em Administração Financeira, Economia e Recursos Humanos. Mestrado em Administração – UDESC. Cursos (02) de Gestão Social na GIFE – Grupo Instituto, Fundação e Empresas e na Diálogo Social (01) sobre SICONV. Dados Pessoais Endereço: Rua Rui Barbosa 2140D – Universitário- Chapecó – SC. CEP 89812-131 Fone- 049-33232075 – 99672000 Filiação: Hilário Balen e Amélia Basso Balen Naturalidade: Aratiba-Rs. Estado civil: Casado Data de nascimento: 05/02/1951 Referências Profissionais Nome: Márcio da Paixão Rodrigues Entidade: Unochapecó Nome: Vilmar Mattiello Entidade: Caixa Econ. Federal – Agência Chapecó Fone: 049-33111000 Nome: Fernando F. Bencke Entidade: Unoesc Chapecó-Sc. Fone: 019- 33192600
O projeto já está em andamento a 29 anos, desde 1994. Trata-se de garantir a manutenção das atuais atividades oferecidas (15 oficinas de convivência educadora), melhorar a qualidade dos serviços prestados e garantir a alimentação das crianças e adolescentes atendidos durante os 12 meses de 2024.
Objetivo Geral: Desenvolver o sentimento de pertença e identidade no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, através de oficinas sócio educativas para crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social na região leste do município de Chapecó. Objetivos específicos: • Garantir o funcionamento das atividades oferecidas • Adquirir materiais e equipamentos para o funcionamento técnico operativo • Adquirir alimentos Resultados Esperados • Atendidas com qualidade 160 crianças e adolescentes nas 15 oficinas oferecidas • Atendidas 100% das demandas de materiais e equipamentos necessários às oficinas • Fornecidos lanches e refeições para 100% dos atendidos.
Buscar de forma intensiva oportunidades para que jovens em situação de vulnerabilidade tenham uma vida melhor, tem sido o princípio básico das ações do Programa desde sua fundação. Inicialmente, o desenvolvimento das atividades ocorria somente com a participação de voluntários, havia o reforço escolar, o lanche, o pagamento de uma Bolsa Aprendizagem para o adolescente e a garantia de participação em oficinas socioeducativas. A partir de 2005, o Verde Vida deixou de pagar a Bolsa Aprendizagem, investiu os recursos financeiros na contratação de educadores sociais e professores com formação específica na área de atuação, buscando com isso garantir uma formação mais adequada ao jovem. Aumentou o número de oficinas socioeducativas, firmou parcerias com empresas para colocação de Menores Aprendizes, recebeu apoio das secretarias municipais de educação, de esporte e cultura, as quais cedem profissionais para as oficinas, incentivou a dedicação aos estudos, fortaleceu vínculos, e desenvolveu habilidades importantes para salutar a convivência do adolescente no contexto social. As oportunidades oferecidas transformam a vida dos jovens, os quais buscam no mercado de trabalho formal a oportunidade da renda, o ingresso em universidades, e sonhos melhores para seu futuro. O Verde Vida auxilia na quebra do círculo vicioso da pobreza, exclusão, marginalidade e criminalidade. Só ocorre efetiva transformação social, se, as pessoas envolvidas mudarem suas referências. O Verde Vida e as entidades que o apoiam, contribuem para essas mudanças. Entre os jovens que frequentam o Verde Vida, alguns deles provém de famílias desestruturadas, outros são vítimas de violência, de falta de vínculos familiares, amparados por avós, pobres, com problema de rendimento nas escolas, e poucas perspectivas em relação ao futuro. No Programa encontram facilidades e apoio técnico para o fortalecimento da individualidade, para o equilíbrio emocional, a autoestima, e o desenvolvimento de habilidades pessoais, importantes para alcançar sucesso em relação aos objetivos pessoais. As oficinas socioeducativas proporcionam uma convivência educadora, utilizam o contra turno escolar, complementam e reforçam o aprendizado da escola, e preparam o adolescente para ser encaminhado ao mercado de trabalho formal. Esse trabalho socioeducativo, da convivência educadora, acontece através de 15 oficinas, nas quais, além do aprendizado, valoriza-se a disciplina, a persistência, o aprender a conviver e a ter respeito para com as diferenças, desenvolver o senso de percepção e a enfrentar desafios. As oficinas também facilitam o aprendizado de técnicas, o desenvolvimento do intelecto, reconhecem dificuldades e aptidões, e mostram organização. Ao mesmo tempo, se fortalece a expressão cultural, a consciência ecológica, as responsabilidades ambientais, a cidadania, a participação na comunidade e a integração social. As ações desenvolvidas em grupo, na montagem dos exercícios, com participação nas avaliações orais e escritas, valorizam a imagem pessoal e também facilitam o desenvolvimento de habilidades. O trabalho em equipe ensina a conviver com as diferenças, e fortalece a autonomia. Todos esses benefícios são oferecidos gratuitamente aos usuários. Há necessidade dessa atuação do Verde Vida para evitar o ingresso dos adolescentes na traficância, evitar a evasão escolar e a marginalidade, e principalmente, para buscar alternativas de vida e oportunidades para não repetir a pobreza vivida pelos familiares. A pobreza limita a vida em todos os sentidos. São essas as oficinas e atividades oferecidas aos adolescentes: Informática, Reforço de Português, Reforço de Matemática, Manicure, Violino, Violão, Percussão, Judô, Capoeira, Dança, Educação Física, Artesanato, Xadrez, Sustentabilidade e Educação Ambiental e Reforço Pedagógico.
O Verde Vida Programa Oficina Educativa há 29 anos atua na resolução de questões relevantes para as políticas públicas municipais da Assistência Social, atendendo crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social. Localizado na região leste de Chapecó, onde, durante décadas, a população pobre do município se concentrou, a atuação do Verde Vida se tornou indispensável ao colaborar para uma efetiva transformação do bairro e no desenvolvimento da comunidade. O Programa atende 160 crianças e adolescentes de 8 a 17 anos, no contra turno escolar, oferece 15 oficinas de convivência educadora, as quais desenvolvem ações tipificadas na proteção social básica de fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. São elas: Informática, Reforço de português, Reforço de matemática, xadrez, manicure, desenho, violino, violão, percussão, artesanato, judô, capoeira, educação física, dança e preparação para o trabalho. O público alvo são crianças e adolescentes de famílias pobres devidamente matriculados da rede de educação básica municipal e estadual, alguns provém de famílias desestruturadas, criados pelos avós, de pais separados, com a segurança alimentar comprometida, déficit no processo de ensino-aprendizagem pedagógico, transtornos e traumas psicossociais relacionados ao desenvolvimento cognitivo, competências socioemocionais e limitações advindas das expressões da questão social inerentes à região. Um grande percentual dos atendidos estão em situação prioritária como negligência, isolamento, violência doméstica, abusos sexuais, evasão escolar e toda sorte de direitos violados preconizados pelo ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo o Cadastro Único dos Programas sociais do Governo Federal (Cadúnico), havia em Chapecó no ano de 2021, a quantia de 11.537 famílias registradas. Destas, 90,62% residem no perímetro urbano do município. Desse total, 7.441 delas são de pessoas que possuem renda de no máximo 1 salário mínimo. A realidade da região dos bairros São Pedro, Vila Betinho, Boa Vista e Bom Pastor, onde está localizado o Verde Vida, se caracteriza por elevada quantidade de pessoas que ainda vivem situações de vulnerabilidade. De 26.126 pessoas registradas no CAD-SUAS, 4.109 são de crianças e adolescentes com idade entre 7 e 15 anos (Fonte Cecad 2021), público alvo da atuação do Verde Vida. O Programa tem foco no atendimento de situações prioritárias, classificadas pelo SISC – Sistema de Informação do Serviço de Convivência de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social, classificadas conforme quadro abaixo: Em situação de isolamento Trabalho Infantil Vivência de violência e/ou negligência Fora de escola ou com defasagem escolar a 2 (dois) anos Em situação de acolhimento Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto Egressos de medidas socioeducativas Situação de abuso e/ou exploração sexual Com medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Crianças e adolescentes em situação de rua Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência Observado as potencialidades e limitações das demandas atendidas, são realizados os encaminhamentos específicos para os equipamentos da rede de proteção, equipe técnica socioassistencial atuante no núcleo do programa, assistente social, psicóloga, acompanhamento pedagógico e educadores sociais. Atividades de socialização, de leitura e de interpretação de textos, em horários ajustados com as demais oficinas do Programa, assim como, o desenvolvimento de práticas com dinâmicas apropriadas à atuação interdisciplinar dos profissionais do programa, contribuem na garantia de direitos e promoção da cidadania do público alvo atendido, suas respectivas famílias e comunidade do entorno. Há registro das atividades desenvolvidas e reuniões da equipe técnica para analisar a evolução/involução nos resultados obtidos. Desta maneira, identificado o problema, avalia-se a metodologia aplicada, e se estabelecem estratégias para obter melhores resultados. As crianças e adolescentes que não apresentam demandas prioritárias participam normalmente das oficinas. Serão fortalecidos em sua individualidade, nos seus vínculos, e desenvolverão habilidades que fomentará o protagonismo, melhoria da autoestima, confiança pessoal, sentimento de pertença e busca da sua identidade. A última etapa do percurso no Programa é a preparação e inserção no mercado de trabalho.