ELISANDRA FORNECK Historiadora, especialista em História Regional (UFFS), mestre em História Cultural (UFSC). Atuou nos seguintes projetos: – Pesquisa do livro “Sicoob MaxiCrédito 30 anos: Sementes da Cooperação” ( 2015), – Proponente e responsável pelo projeto “Cooperação como Herança”, PRONAC 154094 (2017); – Coordenação do projeto “Entre trilhas e caminhos: a importância do tropeirismo no desenvolvimento de Chapecó” (2018); – Coordenação do projeto “De fábricas de banha a agroindústrias internacionais: a construção da cultura agroindustrial de Chapecó” (2020); – Coordenação do projeto “Terra, tradição e memória: pesquisa, acervos, educação patrimonial e preservação do patrimônio cultural no oeste catarinense”, (PRONAC 177186) (2022) – Pesquisa e coordenação local do projeto de tradução do livro de “Fritz Plaumann. A origem da vida” (PRONAC 163435) – Coordenação do projeto “Cooperativismo e Associativismo em Santa Catarina”, PRONAC 204609 (2023); – Coordenação do “Curso de Conservação Preventiva de Bens Culturais” e do “Curso de Gestão e Preservação dos Bens Culturais do Oeste Catarinense”, ( 2019 2 2020) – Foi contemplada no Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural 2020, da FCC/SC
PRÉ-PRODUÇÃO – Duração 4 meses Cadastrar o projeto Captação de recursos Contratação dos profissionais para produção dos produtos do projeto Pesquisa documental e entrevistas Seleção das informações pesquisadas para produção dos painéis explicativos, livro e dvd Divulgação do projeto PRODUÇÃO – Duração 8 meses Produção dos painéis explicativos Projeto gráfico, revisão e impressão dos painéis Produção textual do livro Projeto gráfico, revisão e impressão da livro Roteiro, produção e finalização do documentário Produção do DVD Agendamento das oficinas de socialização do projeto Preparação das oficinas Realização das oficinas Divulgação do projeto PÓS-PRODUÇÃO – Duração 2 mês Elaboração do Relatório de execução do projeto Distribuição de 20% dos produtos do projeto a escolas públicas, bibliotecas, museus ou equipamentos culturais de acesso franqueado ao público Prestação de contas ao Patrocinador e ao Minc
Esse projeto visa realizar pesquisa documental, bibliográfica e entrevistas para gerar acervos e informações, com a finalidade de produzir um livro e um documentário que preservam as origens, a história e a memória do cooperativismo na região oeste catarinense, bem como analisar os impactos econômicos e socioculturais na referida região. A proposta visa também realizar ações formativas de contrapartidas sociais, no formato de oficina de apresentação das etapas de realização do projeto, com debates sobre a importância da preservação da memória e da história do cooperativismo regional e dos valores da cooperação na cultura regional.
Esta iniciativa tem por finalidade preservar acervos e as memórias do cooperativismo e analisar o impacto econômico, social e cultural na região oeste catarinense. A ideia inicial partiu do contato com as famílias agricultoras durante o processo de pesquisa realizado para elaboração do livro “Cooperação como Herança”, Pronac n. 154094, realizado em 2016 e 2017, bem como pela experiência profissional e acadêmica da proponente do projeto. Durante a execução do referido projeto, realizado em 2016, ouvimos muitos relatos e coletamos dados e informações que demonstram a necessidade de aprofundar a pesquisa e comunicar os impactos econômicos e socioculturais do cooperativismo no oeste catarinense. Quando analisamos a história do cooperativismo em Santa Catarina, percebemos que a cooperação é muito anterior às instituições cooperativas. As relações de ajuda mútua foram sendo construídas e se fortalecendo, especialmente em momentos de dificuldades, tornando-se com o passar do tempo parte da cultura local, ajudando a traçar a história da região. As primeiras cooperativas surgiram nos primórdios da colonização em Itapiranga e Palmitos, sem intervenção estatal, apenas como forma das comunidades somarem esforços para enfrentar problemas de crédito e produção. Essa característica de organização comunitária acabou se tornando um forte aspecto cultural da região, sendo passada de pai para filho ao longo das gerações. Com o passar dos anos, as instituições cooperativas foram se constituindo importantes não apenas no fortalecimento das comunidades, mas também no movimento econômico dos municípios. No ramo agropecuário, por exemplo, são responsáveis pela maior parte das estruturas de armazenagem e de recolhimento da produção da região. Em Santa Catarina, as cooperativas são responsáveis por 11% do PIB estadual. Em 2017, haviam mais de 2.500 cooperativas registradas na Junta Comercial de Santa Catarina-JUCESC e cerca de 50% da população catarinense está ligada a alguma cooperativa. No estado, o sistema defende que o cooperativismo moderno se expandiu e se transformou em agente de desenvolvimento local e também de modernização da agricultura, possibilitando que pessoas de diversos níveis sociais e econômicos possam se inserir na cadeia produtiva regional e melhorar sua qualidade de vida. Mesmo com suas dificuldades, as cooperativas são responsáveis pela viabilidade econômica de pequenos empreendimentos, tanto urbanos quanto rurais, principalmente aqueles com características de atuação familiar. No setor rural, o apoio financeiro aos jovens, com juros moderados e prazos de pagamento compatíveis com as condições das propriedades (predominantemente de agricultura familiar), visam evitar o êxodo desenfreado, além de tentar garantir condições de profissionalização das atividades. Analisando a região Oeste, estima-se que cerca de 90% dos agricultores são ligados a alguma cooperativa, justificando o porquê em muitos dos municípios as cooperativas são responsáveis por grande parte da economia local, dando sustentação ao município. Em vista disso essa iniciativa visa preservar acervos e as memórias do cooperativismo a fim de analisar o vínculo dos agricultores com sua região, abordando também suas relações de cooperação e convívio comunitário, bem como apresentar o impacto econômico, social e cultural do cooperativismo na região oeste catarinense.
Professores, alunos, cooperativas, associados de cooperativas, agentes culturais dos municípios de abrangência do projeto.